A
JMJ do Papa Francisco
Nesses dias o mundo viveu momentos paradoxais.
Primeiramente foi pego de surpresa pelo gesto profético de Bento XVI, que
renunciou ao cargo de Papa da Igreja, por conta de suas limitações físicas e
nos deu um grande exemplo de humildade diante de suas próprias fraquezas.
Tempos depois o mundo é pego novamente de surpresa pela eleição do Cardeal
Bergoglio, que assume para si o nome de Francisco.
Logo em seus primeiros gestos, ele já encanta o mundo ao
pedir que o povo abençoe o bispo de Roma, “que na caridade conduz todas as
Igrejas do mundo”. Esse e muitos outros gestos que ao longo dos seus primeiros
dias de pontificado vem chamando a atenção e cativando não só os católicos, mas
todos aqueles que de uma forma ou de outra se aproximam dele.
E é o Papa Francisco, com toda a sua simpatia,
simplicidade que o nome que ele escolhe traz por si só, que virá ao Brasil para
a Jornada Mundial da Juventude.
E nesses dias, pensando e articulando algumas coisas para
o JMJ, fique pensando... Vivemos a geração do Papa João Paulo II, que por si só
tinha uma forma toda peculiar de tratar a juventude; depois Bento XVI que com
toda a sua intelectualidade, disse claramente à juventude: “Não tenhas medo de
assumir o Cristo, ele não nos tira nada...”; e agora vivemos a geração do Papa
argentino, que assume para si o agradável nome do jovem Francisco, nome esse,
que traz consigo o compromisso de não se esquecer dos pobres.
Mas tenho a plena certeza que neste conceito (que na
verdade é mais que isso, é um compromisso evangélico) está incluso também “não se
esquecer dos jovens”, de uma maneira muito especial os jovens que são
marginalizados, esquecidos por uma estrutura que suga e ao mesmo tempo massacra
os jovens.
Tenho plena certeza que Francisco de Assis, no século
XII, optou de maneira muito concreta e radical por esses “pobres”.
Dessa forma, com a vinda do Papa Francisco ao Brasil, ele
com certeza renovará esse compromisso de não se esquecer dos “pobres jovens”, muitas
vezes confusos em seus próprios desejos, mas sedentos de atitudes proféticas e
testemunho concreto, como esse papa vem dando.
Haja visto a sua opção pelos “pobres jovens” , o Santo Padre vai
celebrar a tradicional Missa da Quinta-Feira Santa (Lava-Pés), em uma prisão
para menores de Idade em Roma.
É por essas e outras que cada vez mais cremos que é o
Espírito Santo que conduz a Igreja, e foi Ele mesmo que inspirou os cardeais na
escolha de Bergoglio, e iluminou também o próprio escolhido na escolha do seu
nome.
Por isso caros amigos, há um ar de mudança e renovação na
Igreja, os jovens que já viveram a geração de João Paulo II e Bento XVI, agora
vive de maneira muita intensa a GERAÇÃO
DO PAPA FRANCISCO, o papa dos “pobres jovens”.
Seja desde já, bem vindo ao Brasil, caro hernano Francisco. O Brasil e todos os
jovens do mundo estão de braços aberto para te acolher, sedentos para te ouvir
e esperançosos para aprender com o seu testemunho de vida.
Frei José Alves
de Melo Neto, OSJ
Assessor
Pastoral