sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O Bom Samaritano e os jovens

Esse pequeno texto é fruto de um trabalho que fiz para a disciplina de Fundamentos Cristológicos e Eclesiológicos da Pós-Gradaução em Pastoral da Juventude na UNISAL/São Paulo.

Esta parábola (Lc 10, 29-37) nos coloca diante de uma posição contraditória, tendo em vista a postura das várias “classes” ali representada.
Diante da situação de desumanidade na qual se encontrava certo homem que foi assaltado, algumas pessoas passaram e talvez preocupadas com outros compromissos posteriores não se deram conta da necessidade daquele que era mais próximo. Aquele que se deu conta da necessidade do próximo foi justamente o que também era rejeitado pela cultura judaica, ou seja, o samaritano.
Importante ressaltar que o cuidado que o samaritano teve com o próximo não foi um cuidado superficial, mas sim um cuidado profundo: tratou das feridas, o carregou em sua montaria e o levou-o a pensão e continuou cuidando dele e por último pagou tudo aquilo que precisava.
E a pergunta que Jesus fez os seus discípulos é muito pertinente a nós hoje: qual deles se fez mais próximo daquele que caiu nas mãos dos assaltantes? E se Jesus esteve conosco hoje ele perguntaria: Qual é sua proximidade, querido jovem, daqueles que sofre?
É muito comum nos nossos dias encontramos pelos nossos caminhos sejam eles para o trabalho, faculdade, Igreja, dentre outros, jovens que sofrem “assaltos” todos os dias. Deles são tiradas (como assalto) as oportunidades de vida, de sonhar, de ousar. E por isso a pergunta de Jesus é pertinente a nós hoje, jovens que ousam sonhar com um mundo melhor: Somos próximos dos nossos jovens?
Essa pergunta deve gerar em nós uma inquietação e posteriormente uma tomada de decisão, ou seja, vamos nos aproximar ou não das nossas realidades juvenis? Se caso a nossa resposta for positiva, Jesus nos ensina como fazer: “Vai tu e faças o mesmo”.
Frei José Alves de Melo Neto, OSJ